Código de Conduta
-- A atual revisão deste documento está pendente de aprovação.
-- Codex aprovado consentientis em reunião do CMC (Conselho Manda Chuva): aqui
Inspiração
Este código de conduta epigramático tem por objetivo estabelecer os princípios éticos e normas de conduta que devem orientar as relações internas e externas de todos Associados, independentemente das suas atribuições e responsabilidades, e também dos frequentadores do espaço (não associados) em relação ao Garoa Hacker Clube.
Ele tem inspiração na proposição máxima da Thelema - do grego θέλημα (lê-se théli̱ma) que significa Vontade, a partir do verbo θέλω (lê-se thélo̱): que significa desejar, ter um propósito - assim como nos princípios da Meritocracia, do ciberativismo, hacktivismo, ética hacker, das máximas de Bucky (Richard Buckminster), da Navalha de Ockham, do pensamento sistêmico e dos mandamentos da revolução computacional de Steven Levy. Para contextualizar seguem algumas máximas que o inspiram de forma heurística:
- A informação quer ser livre;
- Hackers devem ser julgados segundo seu hacking, e não segundo critérios sujeitos a vieses como graus acadêmicos, raça, cor, religião ou posição social.
- Atreva-se a ser ingênuo.
- A verdadeira riqueza é a informação e saber como utilizá-la.
- Se em tudo o mais forem idênticas as várias explicações de um fenômeno, a mais simples é a melhor.
- O pressuposto da complexidade reconhece que a simplificação obscurece as inter-relações dos fenômenos do universo e que é imprescindível ver e lidar com a complexidade do mundo em todos os seus níveis.
- Um problema adequadamente diagnosticado está a meio caminho de ser solucionado.
Princípios
Os hackers do Garoa Hacker Clube devem ter como princípio:
- o atrevimento da proposição máxima da Thelema. Que é aquela daquele que deseja ir além, como do ingênuo que tem sede de informação, corajosa daquele que cria ou inova sem medo de quebrar paradigmas e desmistificar fnords, conceitos sociais, técnicos e científicos equivocados, sem pudor de errar e de compartilhar o seu conhecimento conquistado.
- o compromisso com a liberdade da informação.
- a ética e a transparência na condução de suas ações.
- o respeito com seus colegas associados. Onde não é mandatório concordar, mas sim admitir divergências, que acreditamos próprias de qualquer debate de idéias, desde que não fira de nenhuma forma este código, o estatuto ou o regimento interno da associação.
- a coerência com os ideais e objetivos da associação definidos no estatuto social.
Regras de Conduta
A regra máxima deste Código visa deixar claros os procedimentos e atitudes eticamente aceitos. Para o Garoa Hacker Clube é eticamente aceita a postura que respeita os princípios e as inspirações anteriormente descritas, assim como os objetivos e tudo o que está definido em nosso Estatuto e no Regimento Interno e que não coloca em risco a credibilidade da associação, sendo dever por conduta ética de todo associado indicar qualquer falha existente em qualquer destes dispositivos.
Além da regra máxima este código determina que os associados e frequentadores devem:
- Acompanhar a lista de discussão oficial do hackerspace para manter-se atualizado de todas as atividades da associação.
- Conduzir suas atividades com correção, integridade e fazendo uso da boa fé no âmbito de suas ações.
- Não comprometer os associados enquanto estes estiverem seguindo este código de conduta.
- Atuar sem coerção e dentro da ordem instituída para com os projetos individuais ou colaborativos.
- Promover a livre informação, padrões abertos, fontes livres ou abertas porém respeitando as respectivas licenças e direitos, sem ter cerceadas as suas possibilidades de desenvolvimento e hacking.
- Ter autonomia sobre a liberação de informações sobre seus projetos.
- Ter liberdade no desenvolvimento de suas atividades, abstendo-se de práticas incorretas ou ilegais que possam afetar os associados e a reputação da Associação
- Compartilhar informações dentro dos modelos instituídos pela associação.
- Denunciar ações que pretendam utilizar o patrimônio da associação para fins moralmente questionáveis.
- Creditar aos associados todos direitos a eles reservados na utilização de um projeto por ele concebido, desenvolvido ou colaborado.
- Respeitar o direito de todos na utilização da infra-estrutura da associação.